Os baixos estoques são reflexo não só da quebra nas safras, mas da má gestão da agricultura nacional; ferramentas de comercialização do governo são ultrapassadas
No país que carregava a missão de ser o celeiro do mundo a palavra mais usada nos últimos meses é desabastecimento. O termo saiu das conversas de produtores rurais e lideranças do agronegócio para as filas de supermercado e para os horários das refeições em que se discutem entre as famílias brasileiras o elevado preço dos alimentos e a falta de itens essenciais da cesta básica.
Mais uma vez, foram elencados pela sociedade os "vilões" dessas altas. Números do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontam que no estado de São Paulo, onde a cesta básica é a mais cara do Braisl, o valor subiu, nos primeiros cinco meses do ano, 7,55%. Porém, em alguns outros como Goiás, Espírito Santo, Bahia e Paraíba, essa elevação passou de 12%.
Ainda de acordo com o departamento, os produtos que mais subiram foram a farinha de mandioca, o feijão, o leite, a manteiga e a batata. Economistas e especialistas apontam ainda que, no segundo semestre, esses itens e mais outros como óleo de soja, proteínas animais, iogurte e o arroz devem ficar ainda mais caros. Entre as matérias-primas, destacam-se o milho e o trigo. Leia mais
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